quarta-feira, 20 de julho de 2011

O LIVRO QUE EU LI

Texto do boletim do culto da família quarta feira dia 20 de julho de 2011
"Que nunca o livro fique longe de tua mão e de teus olhos." (São Jerônimo)
     Tenho gasto minha vida em leituras diversas. Ler é um dos meus prazeres favoritos. As vezes chego a pensar que leio compulsivamente. Mas não tem problema, ler é sempre uma coisa maravilhosa. Mas de todos os livros que tenho lido, um tem me chamado a atenção pela sua capacidade de tocar a alma do ser humano e fazê-lo capaz de sentir a necessidade de buscar uma vida melhor. Não sei se pelo fato dele conter ensinamentos milenarmente atuais de homens cujas existências, ainda que normal, foram vividas de forma excepcional, ou se pela sua origem sublime, só sei que o livro que eu li é capaz de mudar o mundo.
     Frases como: "Aceita o conselho dos outros, mas nunca desistas da tua própria opinião." (William Shakespeare), eternizadas na história da literatura, ainda que belas não podem ser comparadas com a profundidade de ensinamentos como: “O caminho do insensato é reto aos seus próprios olhos, mas o que dá ouvidos ao conselho é sábio” (Salomão). E ainda: "A alegria evita mil males e prolonga a vida." (William Shakespeare), mesmo que sugestiva não equivale comparativamente às expressões terapêuticas de Davi: “Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que gozem os ossos que me foram quebrados”.
     O livro que eu li possui a genialidade da eternidade derramada na dimensão da humanidade. Possui a afetividade de quem deseja se comunicar amorosamente com seu semelhante, possui as respostas para as questões dos princípios e do fim, possui o retrato e as intenções do sagrado, discute a verdadeira religião, trata do real significado dos rituais, mas também ensina a viver bem o cotidiano, orienta como ser ético em todos os tipos de relações, a fazer o bem, ser gentil, paciente, amoroso e cuidadoso. Ensina a suportar as situações desfavoráveis com destemor e a ter esperança, não como utopia, mas como a certeza de possibilidades melhores. Se esse livro não é excepcional já não sei mais o significado de excepcionalidade.
     O livro que eu li me ensina a viver com o propósito correto bem como a ter um propósito para viver com propósitos. Etimologicamente, a palavra propósito significa “colocar à frente” (do Latim PROPONERE de PRO “à frente”, mais PONERE “colocar, pôr”), logo é preciso que se coloque à frente de nossos instintos, de nossas emoções, de nossas intenções e de nossas relações os propósitos corretos. Nosso maior desafio, porém, é definir quem estabelece os propósitos, se somos nós ou alguém além de nós. Proposições como: “Há um caminho que parece direito ao homem, mas o seu fim são caminhos da morte”; “Este é o propósito que foi determinado sobre toda a terra; e esta é a mão que está estendida sobre todas as nações”; e ainda: “Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos”, me levam a concluir as limitações humanas em detrimento de sua correta existência. Me fazem pensar na necessidade de ensinamentos que possam se contrapor aos nossos interesses pessoais, particularmente aqueles administrados pelo mal.
   Logo, o livro que eu li não é apenas importante mas necessário. Ele não é simplesmente mais uma bela peça literária para adornar nossas bibliotecas, mas a única possibilidade de se conhecer as intenções do coração de quem nos ama profundamente a ponto de se tonar um semelhante a nós.
     Tudo isso e muito mais está no livro que eu li. Deus nos abençoe na leitura de Sua palavra.

Eduardo Gomes
gomeseduardo.blogspot.com
rededecasaisdapibsg@hotmail.com

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